Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Aids (1/12), UNIVESP TV entrevista Roseli Tardelli, da Agência de Notícias da Aids
Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado no dia 1 de dezembro, a UNIVESP TV entrevista Roseli Tardelli, da Agência de Notícias da Aids. A jornalista fala sobre os avanços da ciência em relação à doença, a importância dos meios de comunicação para informar a população e, também, comenta sobre o trabalho da agência de notícias, que completou dez anos em maio deste ano.
“Eu vejo a comunicação como parceira na questão da Aids. A gente tem o instrumento da informação como prevenção”, afirma Tardelli.
No começo da epidemia, no entanto, havia muita desinformação. Segundo a entrevistada, os jornalistas, assim como médicos e a própria ciência, tiverem papel importante na criação de um imaginário em relação à doença que não condiz com o que ela de fato representa.
“Se tivéssemos feito uma comunicação correta, de que todo mundo é vulnerável frente a um vírus que é mutante e que infelizmente chegou para ficar, os ganhos que a humanidade tem em relação à Aids teriam sido maiores”, avalia.
O que mudou
Passados trinta anos da descoberta do vírus causador da Aids, o HIV, muitos avanços foram alcançados. “O primeiro grande passo a ciência conseguiu”, afirma Tardelli, mencionando a possibilidade de tratamento pelo desenvolvimento de medicamentos antirretrovirais e a grande redução do número de mortes.
No Brasil, que é referência mundial no tratamento da Aids, 237 mil pessoas recebem mensalmente o coquetel. Dos 20 medicamentos que o compõem, o país já fabrica 11. Apesar dos avanços, no entanto, ainda são 656 mil casos de Aids notificados e 36 mil novos casos e 12 mil mortes por ano no Brasil.
“Ainda não demos esse salto da informação mudar o comportamento. […] As pessoas precisam perceber que [o assunto] é com elas.” Para Tardelli, trata-se de uma doença que, infelizmente, ainda tem um viés social e um preconceito muito grande.
“Se num primeiro momento a humanidade conseguiu estancar as mortes, acho que o desafio da ciência hoje seja olhar para as especificidades do HIV”, alerta.
A jornalista fala também sobre as campanhas de prevenção da Aids realizadas no Brasil e das ações da Agência em Moçambique, país africano que tem cerca de 500 novos casos da doença por dia.
Veja entrevista na íntegra abaixo:
Complicações
“Complicações” é um programa de entrevistas da UNIVESP TV com apresentação da jornalista Mônica Teixeira. Trata de problemas difíceis da atualidade por meio de entrevistas com pessoas que conhecem em detalhes temas importantes e controversos, sem soluções simples. Um espaço para o debate dos problemas que o mundo ainda não sabe como resolver.
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