Univespianos conquistaram o primeiro lugar na categoria ‘Negócios’ do evento que buscou soluções tecnológicas contra o coronavírus; autores das melhores ideias receberão apoio para transformar projetos em soluções entregues à sociedade
A equipe Trouble-Makers, formada pelo administrador Daniel de Moura Araujo, pelo desenvolvedor Rodrigo Pauletti, pela estudante de Análise de Sistemas Thainá Monteiro Ferreira e por dois integrantes da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), o líder do grupo e engenheiro de Computação formado pela instituição, atualmente cursando pós-graduação em parceria com o CREA-SP, João Paulo Terrazam, e a discente de Engenharia de Computação, do polo de Araçoiaba da Serra, Marília Gabriela Soares, venceram em primeiro lugar, na categoria ‘Negócios’, a maratona virtual de programação HackaTrouble, com o Projeto Mercado Futuro. O resultado, conhecido no último dia 20, apresentou as 12 melhores ações da atividade, organizada pelo Centro Paula Souza (CPS), em parceria com a associação SAE Brasil e as multinacionais Amazon Web Services (AWS), Shawee e Mural.
A competição reuniu no último final de semana cerca de 400 participantes, divididos em 100 equipes, com o objetivo de propor e desenvolver soluções tecnológicas para enfrentar desafios impostos pelo novo coronavírus nas áreas de saúde, mobilidade, negócios e social.
Mercado Futuro
De acordo com os participantes, o projeto Mercado Futuro é uma plataforma virtual, onde pequenos negócios poderão obter dinheiro de uma forma rápida, menos burocrática e potencialmente mais barata, do que em instituições bancárias, por meio da venda de vouchers pré-pagos aos seus clientes.
Segundo Terrazam, o convite para participar do HackaTrouble veio da estudante e amiga de Univesp, Marília Gabriela. “No dia do meu aniversário, a Gabi veio falar comigo. Ela me mandou um link e perguntou se eu queria participar da maratona. Dei uma lida rápida no site, vi que era um Hackaton e tinha uma causa nobre, topei imediatamente. As inscrições terminavam em dois dias, e precisava de um time formado. Tive a ideia de chamar meus outros três amigos, Daniel, Rodrigo e Thainá, que aceitaram o desafio. Esse é o nosso terceiro Hackaton juntos, já estamos bem entrosados”, explicou.
O engenheiro e os quatro participantes, começaram a trabalhar intensamente com o desenvolvimento do projeto. “Foram várias entregas durante a jornada, e como não pode faltar emoção, o envio do vídeo final foi com menos de cinco minutos para o término do prazo. Ficamos felizes com o resultado e saímos vencedores”, contou Terrazam.
Para a aluna Marília Gabriela a parceria deu muito certo. “Conseguimos em 48 horas entregar o projeto Mercado Futuro. O João já tinha a ideia, que foi aperfeiçoada em equipe. Fico muito feliz pela premiação. Esse é meu primeiro Hackaton, me sinto orgulhosa com o nosso desempenho e agradecida pela paciência dos instrutores e de toda a organização do evento”, completou.
Saiba mais sobre o Projeto: HTTPS://youtu.be/0DnhSFq3HeE
Virada tecnológica
Totalmente on-line, a maratona teve 48 horas ininterruptas de duração e envolveu estudantes e ex-alunos de Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais, bem como de outras instituições, além de educadores, programadores, desenvolvedores, empreendedores, designers e demais interessados de diversas áreas de conhecimento.
Formadas por três a cinco participantes, as equipes receberam tutoria e mentoria de mais de 100 profissionais do mercado, especialistas e professores que atuam como agentes regionais da Assessoria de Inovação do Centro Paula Souza (Inova CPS). As atividades foram desenvolvidas na plataforma da AWS utilizando os sistemas de gestão da Shawee e de brainstorming da Mural.
Premiação
Os grupos que apresentaram as melhores ideias, de acordo com a avaliação de um comitê de jurados, receberão prêmios e serão convidados a desenvolver seus projetos com auxílio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) durante quatro semanas, para entregar o produto à sociedade sem nenhum custo.
Os vencedores visitarão os laboratórios de inovação de empresas apoiadoras, como Mercedes Benz, Pricewaterhousecoopers e TruckPad. Cada equipe receberá um voucher de R$ 1 mil para custear as despesas da visita. As propostas também serão avaliadas para participar de programas de fomento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Dinâmica do evento
O HackaTrouble foi dividido em quatro etapas de 12 horas. Primeiramente, ocorreu a imersão, onde foram apresentadas a metodologia e as ferramentas disponíveis. Neste momento, as equipes escolheram e aceitaram os desafios com o aval de um tutor. Em seguida, foi feita a ideação, com as propostas de soluções. Os participantes gravaram um vídeo (pitch) e inseriram na plataforma.
A terceira etapa foi a prototipação. A partir de um plano, foi desenvolvido o protótipo com as ferramentas do AWS Developer Center. Por fim, ocorreu a programação da solução e a apresentação de um vídeo demonstrativo, incluindo requisitos, prazos e expectativas para que o produto seja entregue à sociedade. Com a proposta finalizada, os jurados avaliaram as soluções e anunciaram os vencedores.
Entre os desafios propostos estavam a criação de sistemas para gerenciar a demanda de pacientes frente à capacidade de leitos em hospitais, controlar o transporte de suprimentos dentro de normas de imunidade, auxiliar pequenos negócios a superar restrições de vendas, ajudar no bem-estar de idosos em isolamento, entre outros temas.
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