Baseados no modelo de Design Thinking, métodos e processos para solução de problemas, estudantes de Engenharia de Computação criaram projeto de captação de água e limpeza do sistema de drenagem do município

04/01/19


Os estudantes de Engenharia de Computação do Polo da Univesp de Pacaembu, no interior paulista, Fernando Kazumi Ozaki, Alexandre Francisco Soriano da Silva, Luan Rossato Felipe, com a orientação e tutoria da mediadora, Maria Cristina Macedo de Matos, desenvolveram, em 2018, o “Projeto Integrado de Captação de Água e Limpeza do Sistema de Drenagem Pluviométrico”. A iniciativa tem como objetivo evitar inundações decorrentes de precipitações pluviais no centro da cidade, com a geração da conscientização ambiental, social, cultural, economia e renda.

O projeto foi baseado no modelo de Design Thinking (métodos e processos para solução de problemas), com a complementação da metodologia PPBL – Aprendizagem Baseada em Problemas e por Projetos; e Movimento Maker (movimento criador). Segundo os idealizadores, a ideia central é a conscientização da população sobre o uso adequado dos recursos hídricos, exemplificar que é possível economizar sem racionar e alertar quanto ao esgotamento de recursos naturais, como consequência da exploração desenfreada e sem consciência.


O trabalho foi divido em quatro etapas. A primeira foi a idealização de um sistema de cisterna inteligente e autônomo (não requer a interferência do usuário para a sua operação). De acordo com a orientadora, o método consegue identificar se existe precipitação, e quando existir, abastecer uma cisterna e descartar a água responsável pela limpeza, além de gerenciar o nível de água para armazenamento e descartar o líquido excedente.


Outra proposta é a de gerenciar o nível de uma caixa de água não potável no interior de uma residência e abastecê-la quando necessário, dessa forma permitir o abastecimento de  torneiras e outros locais. A meta é de tornar cada residência próxima ao centro, um local de armazenamento, com a medida menos água seria drenada pelo sistema de drenagem público evitando seu colapso, o que ocasiona inundações.


O sistema também contribuiria com a geração de economia, já que o cidadão poderia utilizar água não potável, para vasos sanitários, lavagem do quintal, de automóveis, além da irrigação de jardins. Os moradores teriam ainda, a possibilidade de vender a água de reuso para a prefeitura ou empresas conveniadas, gerando créditos que poderiam ser abatidos no IPTU e, em contrapartida, a Prefeitura evitaria o gasto com novos piscinões, ou com o aumento do sistema de drenagem pluvial pública o que geraria alto custo e transtorno a toda população.