Estudo busca entender como se dá o processo de decisão dos pais, dentro do ambiente doméstico, de vacinar ou não os filhos
Estudos epidemiológicos apontam, desde o ano 2000, uma diminuição na adesão à vacinação infantil em estratos de alta renda e escolaridade em São Paulo. Com o objetivo de entender o fenômeno, a pediatra da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Carolina Luísa Alves Barbieri, entrevistou casais sobre o processo de decisão, dentro do ambiente doméstico, de vacinar ou não os filhos.
Segundo Barbieri, o diferencial de sua pesquisa está no fato de ter focado em uma população que não se encontra no quadro prioritário nos estudos comuns de saúde coletiva – a classe média -, e incluir o homem no cuidado com a criança, já que, de acordo com a pediatra, os estudos em geral abordam sempre a perspetiva da mãe. Além disso, a pesquisa dá voz às pessoas que optam por não vacinar seus filhos, e que geralmente têm pouco espaço nesse tipo de discussão.
O tema da vacinação é atual e corriqueiro na mídia, mas, apesar do aumento progressivo histórico da cobertura vacinal no país desde 1975, quando foi implantado o Programa Nacional de Imunizações, de acordo com a pesquisadora, ainda há distinções por regiões e especificidades por classe social.
A pediatra entrevistou 16 casais: cinco que vacinam os filhos, cinco que selecionam as vacinas e seis que optaram por não imunizar as crianças, e explica o ponto de vista de cada um deles. Barbieri aponta que, entre os pais contrários à vacinação, muitos apresentaram oposição à obrigatoriedade imposta por lei, assim como também não são favoráveis ao calendário de vacina, pois alegam ser exagerado e muito extenso.
Assista à entrevista de Carolina Luísa Alves Barbieri sobre a sua tese de doutorado no programa Fala Doutor, da UNIVESP TV:
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