Recurso foi desenvolvido em Projeto Integrador de alunos do Eixo de Licenciatura, polo de Osasco

07/06/23


Os discentes do Eixo de Licenciatura da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), Ana de Oliveira, Fernanda de Souza, Francisco de Andrade, Marco Duarte, Marcos Silva dos Santos, Rômulo Floriano, Roudinei Luz e Thiago da Silva, do polo Osasco, apresentaram o Projeto Integrador (PI) “Abordagem lúdica com o uso do jogo de trilha para alunos com discalculia". A iniciativa, sob orientação de Bárbara Milhomem Crivelini, utiliza o recurso educacional para auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico de estudantes com dificuldades persistentes em matemática.  

De acordo com o relatório apresentado pelo grupo, discalculia é um transtorno causado por má-formação neurológica, na qual a criança enfrenta problemas para lidar com números e realizar operações matemáticas de forma prática no dia a dia. Após pesquisas, a equipe elaborou um material didático específico para auxiliar uma aluna diagnosticada com o transtorno.  

A metodologia do Design Thinking foi utilizada no PI,  por meio de cinco etapas: Empatia, Definição, Ideação, Prototipação e Implementação. Foi realizada uma atividade investigativa para identificar as principais dificuldades da estudante. Com base nos resultados, foram criadas questões que exploravam os conhecimentos em matemática, nos quais ela demonstrava certo domínio, além de outros conteúdos, como artes, português e conhecimentos gerais, aplicados como charadas ao longo do jogo de trilha.  

Como jogar 

Para brincar é necessário apenas um peão (pode ser um feijãozinho, um por participante), um dado e o tabuleiro. Os participantes começam no ponto de partida e, em cada turno, lançam o dado e movem seus peões de acordo com o número obtido. Caso uma casa não tenha uma instrução específica, o jogador retira uma carta do bolo de "Charadas" e responde à pergunta ou desafio presente nela. O objetivo é ser o primeiro a chegar ao ponto final da trilha. 

Resultados

Segundo a turma, no decorrer do jogo, a aluna enfrentou algumas dificuldades, mas com ajuda dos demais educandos, conseguiu atingir os objetivos propostos. Os resultados indicaram que a abordagem lúdica foi bem aceita pela criança e que a mesma deve continuar a praticar atividades semelhantes para aprimorar o desenvolvimento do raciocínio matemático.  

O Projeto Integrador também destaca a importância de compreender os elementos que dificultam o pensamento lógico exigido no cálculo, conceituar e caracterizar a discalculia como transtorno de aprendizagem e diferenciar transtorno de aprendizagem matemática de dificuldade em matemática.  

Os discentes da Univesp, explicaram a importância de uma educação inclusiva e que sejam criadas atividades e materiais adaptados às necessidades individuais dos alunos com transtornos de aprendizagem. “Abordagens lúdicas podem ajudar a diminuir a ansiedade e o estresse associados à matemática, proporcionando um ambiente de aprendizado mais descontraído e motivador”, relataram.  

O relatório técnico-científico apresentado evidencia a relevância de divulgar os resultados obtidos e compartilhar experiências bem-sucedidas para que outros profissionais da área da educação possam se inspirar e adotar abordagens similares. “A colaboração entre professores, psicopedagogos e outros profissionais é essencial para promover a inclusão e o sucesso acadêmico de alunos com transtornos de aprendizagem”, concluem.  

Assista o vídeo do Projeto Integrador para mais informações https://youtu.be/JJqoHRZtvlk.
 

Sobre a Univesp     

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