Diretor da Fundação Seade explica as consequências da agenda demográfica para a educação, o emprego e a saúde

11/11/13


O Estado de São Paulo está passando, assim como o Brasil, por uma enorme transformação populacional. “A população está crescendo cada vez mais lentamente, o que quer dizer que teremos cada vez menos crianças e a população vai envelhecer cada vez mais. E isso tem enormes impactos para as políticas públicas”, alerta Haroldo da Gama Torres, diretor de planejamento e disseminação da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). 

O economista explicou o boletim nº6 da Fundação Seade “O impacto da agenda demográfica nas políticas de educação, emprego e saúde no Estado de São Paulo” ao jornalista Fabio Eitelberg, no programa Primeira Análise, da UNIVESP TV.

O estudo contemplou projeções comparativas de dados populacionais de 2030 e 2050, relacionando-os com a situação atual. Torres frisa que o envelhecimento da população do Estado, que terá quase três vezes mais idosos, trará impactos para a previdência social e encarecerá, e muito, o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação ao mercado de trabalho, o especialista alerta para a necessidade do aumento da produtividade para a manutenção do crescimento econômico. De acordo com o especialista, a população economicamente ativa do Estado tende a parar de crescer no curto prazo. Na década de 1990, eram cerca de 200 mil novas pessoas no mercado de trabalho por ano; atualmente, a média é de 75 mil novas pessoas no mercado a cada ano.

Quanto à educação, vislumbra-se uma oportunidade: com menos jovens e, consequentemente, um número menor de alunos para atender na educação básica, os recursos disponíveis por aluno serão mais generosos.

Veja a entrevista na íntegra: