Historiadora comenta livro que escreveu sobre as experiências de mães de jovens em conflito com a lei

24/03/16


A historiadora Marcela Boni Evangelista, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), fala sobre o seu livro Padecer no paraíso? Experiências de mães de jovens em conflito com a lei, onde aborda a realidade de vida de mães de jovens infratores vindos da periferia com envolvimento no mundo do crime e das drogas. O trabalho é fruto da sua dissertação de mestrado, defendida em 2011 no Departamento de História da USP.

Apoiada nos relatos de mães de jovens infratores, a autora nos permite compreender as circunstâncias sociais, econômicas e culturais que levam às situações de risco vividas pelas famílias. Segundo a pesquisadora, o livro partiu da ideia de trazer o ponto de vista delas sobre o tema. As entrevistas com as seis mulheres protagonistas no livro foram colhidas a partir de um grupo de mães militantes na causa, a Associação de Mães e Amigos da Criança e do Adolescente em Risco (Amar).

Relata-se, ainda, a luta das mães dos internos da antigaFebem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor), para melhorar as condições de internamento de seus filhos, buscando criar um ambiente que fosse realmente socioeducativo e não apenas penal.

As histórias, de acordo com Evangelista, permitem que esse ambiente  seja retratado de uma forma diferente daquele do viés do preconceito. “O problema das drogas na nossa sociedade, ele não é exclusividade de um grupo. Mas, infelizmente, é exclusividade de um grupo não ter acesso aos tratamentos”, avalia.     


Confira a entrevista completa: