Alunos de Gestão Pública visam acabar com o descarte inadequado de resíduos sólidos no meio ambiente; grupo sugere miniusina de reciclagem energética

03/08/20


A preocupação com o meio ambiente e com o excesso de lixo desprezado no aterro sanitário de Lins, interior de São Paulo, incentivou os estudantes de Gestão Pública, André Luiz Regattieri, Cássia Carvalho, Cláudia dos Santos, Éder de Almeida, Edson Gabriel Junior e Jéssica Antonio, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) a desenvolverem, no último semestre, o Projeto Integrador (PI) Projeto Socioambiental na Coopersol- Desperdício Zero e Reciclagem Energética. A iniciativa, com orientação de Daniela Maria Marchini, tem como objetivo acabar com a perda de 30% do material coletado pela Cooperativa dos Recicladores de Resíduos Sólidos de Lins (Coopersol), em parceria com a Prefeitura Municipal, não comercializados por apresentarem valores nulos ao mercado de recicláveis.

De acordo com os discentes, parte da população entrega insumos impróprios para a reciclagem ou de maneira inadequada para venda. “A cooperativa acaba descartando, aproximadamente, 18 toneladas de lixo por mês no aterro sanitário. Esse total soma-se ao montante do volume de lixo não reciclável, fato que provoca um impasse significativo para a efetiva economia circular”, afirmou a turma no relatório final do PI.

A proposta dos alunos consiste em transformar o desperdício apresentado em energia, por meio da implementação de uma miniusina de recuperação energética, Waste-to-Energy. “O termo é utilizado para denominar os métodos que permitem recuperar parte da energia contida nos resíduos sólidos. Os principais modelos empregados são divididos em dois grupos: tratamento térmico com excesso de oxigênio (incineração) e com déficit de oxigênio (gaseificação/pirólise), explicou a equipe.

O projeto se pautou em pesquisa quali-quantitativa com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Diretoria de Limpeza Pública, Coopersol e com representantes da empresa WEG e ECOAMBIENTAL, que detêm tecnologias para tratamento térmico e geração de energia.

Para o grupo, a energia produzida poderá servir para a autossuficiência energética da cooperativa e, o excedente produzido, comercializado para distribuidores de energia. Os futuros gestores ainda ressaltam que a ação reduziria os custos de transbordo e destinação ao aterro sanitário, arcados pela prefeitura, além de aumentar a renda dos trabalhadores da Cooperativa.