Saiba mais sobre o Efeito Túnel e descubra quais fenômenos astronômicos que podem ser observados no céu até 01 de novembro

28/10/15


A fonte de energia das estrelas intrigou os astrônomos por muito tempo. Apesar de teorias apontarem a fusão nuclear como possível explicação, os cientistas sabiam, no entanto, que mesmo as temperaturas extremamente elevadas encontradas no interior das estrelas ainda não eram altas o suficiente para que o fenômeno ocorresse dessa forma.

A descrição de um fenômeno físico até então desconhecido – o tunelamento quântico – ajudou a desvendar o mistério. Na década de 1920, o físico ucraniano George Gamow (1904-1968), junto com o inglês Ronald Gurney (1898-1953) e o americano Edward Gondon (1902-1974) conseguiram explicar o decaimento alfa. O fenômeno corresponde à emissão de uma partícula alfa, que tem estrutura formada por dois prótons e dois nêutrons, do núcleo de um átomo, que passa então a ter massa e carga diferentes daquela do núcleo original. A famosa fórmula de Einstein, E=m*c2, que postula que a massa é equivalente a uma quantidade de energia, explica o ocorrido: a massa que desaparece é convertida em energia, liberada no processo.

O fenômeno do tunelamento quântico passa a explicar, portanto, a forma como partículas poderiam transpor um estado de energia considerado classicamente “proibido”. Isto é, no mundo microscópico do núcleo atômico, existe uma probabilidade de que uma partícula consiga superar uma barreira de potencial, mesmo que não tenha energia necessária para isso. Seria como se a partícula pegasse um atalho ou um túnel para passar através da barreira. E, por isso, o fenômeno foi nomeado de Efeito Túnel.

O que ver no céu desta semana?

É possível observar, a olho nu, até o dia 01 de novembro, o planeta Saturno, que fica visível na constelação de Escorpião até as 21h30. A partir das 04h15 surgem três planetas a leste, na constelação de Leão: Júpiter, Vênus e Marte.

O programa Céu da Semana é apresentado semanalmente pelo o astrofísico Gustavo Rojas na UNIVESP TV.

Assista ao vídeo: