Protótipo de material didático foi desenvolvido para estudantes com baixa visão da Educação Infantil e Ensino Fundamental
O Projeto Integrador (PI) elaborado pelas alunas Eveline dos Santos, Juliana dos Santos, Lannah Órfão, Maiza Moura, Rejiane Costa e Vanessa Braite, do Eixo de Licenciatura, polo São Bernardo do Campo, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), ajuda crianças com baixa visão no processo de alfabetização. O trabalho, com tutoria de Maria Correia, tem como objetivo solucionar a falta de integração desses estudantes em sala de aula, por meio da criação de um material didático adequado, voltado ao letramento na Educação Infantil e Ensino Fundamental.
A iniciativa com o tema “Letramento de crianças com baixa visão - construção de recurso didático que potencializa a prática pedagógica” foi aplicada no Serviço de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual, de São Bernardo do Campo, com a apresentação do material chamado "Kit do super-alfabeto". Por meio da proposta, os discentes podem aprender e identificar as letras do alfabeto, assim como reproduzir palavras em materiais especialmente elaborados para a sua deficiência.
Para a criação do protótipo, o grupo realizou entrevistas com profissionais da educação. Com a coleta de informações, foi possível identificar os problemas enfrentados pelas crianças com deficiência visual, como a falta de integração com os demais alunos e a carência de instrumentos que auxiliem de modo eficaz o aprendizado e a inclusão.
De acordo com a equipe, durante a aplicação da ferramenta, desenvolvida com a metodologia de Design Thinking, foi possível observar o envolvimento e engajamento dos estudantes nas atividades, que ficaram curiosos e interessados em utilizar o material didático. A resposta das profissionais presentes durante o experimento, também foi fundamental para o aperfeiçoamento da ação.
Além de ter comprovada a sua eficácia, o material desenvolvido possui baixo custo para a confecção e pode ser reutilizado inúmeras vezes, o que facilita sua implementação em escolas e instituições, com limitações de recursos financeiros. Segundo os estudantes da Univesp, a estratégia utilizada para solucionar o problema cumpriu o esperado e contribuiu para a inclusão escolar e social das pessoas com deficiência visual. “O instrumento também pode ser utilizado de maneira criativa nas aulas, por meio da participação de crianças sem deficiência e, dessa forma, contribuir com a integração de todos em sala”, ressaltaram os envolvidos.
Imagem: cedida pelos alunos do PI (divulgação)
Kit do super-alfabeto
O kit inclui: o super-alfabeto; folhas plastificadas e com linhas; tabela com letras em alto relevo; canetões de lousa verde, vermelho, azul e preto; paninho para apagar; fita adesiva e pasta plástica.
Segundo descrito no Relatório Técnico-Científico do PI, “o Super-alfabeto consiste em folhas coloridas (cores pastéis) plastificadas com papel plástico fosco, nas quais está representado o alfabeto pontilhado ampliado. Nele, os alunos com baixa visão poderão contornar as letras com as cores solicitadas e apagar com o paninho. Nas folhas em branco, os estudantes poderão treinar a escrita das letras, palavras e frases. O tato também será um sentido explorado com esse recurso por meio do alfabeto em alto relevo, o qual tem o papel de complementar a identificação das letras e de suas formas”.
Imagem: cedida pelos alunos de PI (divulgação)
Sobre a Univesp
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