Descubra na série “Céu da Semana”, da UNIVESP TV, o que possibilitou estudos astronômicos nessa área

10/03/16


O astrofísico Gustavo Rojas, do Laboratório Aberto de Interatividade (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos, além de trazer dicas de como olhar para o céu, também aborda curiosidades e fatos sobre o universo da astronomia na série “Céu da Semana”, da UNIVESP TV.

Rojas fala nesta edição sobre astronomia espacial. Durante muito tempo, tudo o que sabíamos sobre o universo era o se poderia ser observado a olho nu, através da luz visível. Mas os nossos olhos enxergam apenas parcela do que existe por aí, e somente no século IX cientistas perceberam que os corpos celestes também emitem outros tipos de radiação que poderiam ser detectadas de outra formas.

O astrônomo alemão William Herschel (1738-1822) foi o primeiro a registrar os raios infravermelhos do Sol. E, na década de 1930, o físico norte-americano Karl Jansky (1905-1950) captou ondas de rádio provenientes da nossa galáxia. Mesmo com esses avanços, ainda faltava explorar o lado mais energético do espectro eletromagnético. O problema é que a atmosfera terrestre não é transparente a esse tipo de irradiação, e impede que os focos de maior energia vindos do espaço atinjam a superfície terrestre. Por isso, a astronomia de alta energia somente começou a ser praticada na segunda metade do século XX, durante a era espacial, com experimentos a bordo de balões e foguetes.

Um dos primeiros experimentos nesse sentido foi o lançamento de um satélite americano de pesquisas espaciais em raios gama, o Explorer 11, por um foguete, em 1961. Apesar de ficar em operação durante quase sete meses, ele conseguiu captar menos de 100 focos de alta energia vindos do espaço, de todas as direções do céu.

As lições desses experimentos pioneiros permitiram projetar telescópios mais sensíveis que iriam revolucionar nosso conhecimento do universo.

 

Assista ao vídeo e saiba mais: