Famoso livro de Jane Austen traz uma reflexão sobre o comportamento da sociedade aristocrática inglesa no início do século XIX

01/06/15


O programa Literatura Fundamental, da UNIVESP TV, recebe Mariana Teixeira Marques, doutora em estudos linguísticos e literários em inglês pela USP e professora do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo, campus de Guarulhos.

O livro Orgulho e Preconceito (1813) é um romance da escritora britânica Jane Austen (1775-1817). A obra traz uma reflexão a respeito do comportamento da sociedade aristocrática no início do século XIX, na Inglaterra, e fala sobre a busca da felicidade e o desejo pessoal colocado acima das convenções sociais.

A obra, que teria sido terminada em 1797, antes de a autora completar 21 anos, foi originalmente denominada First Impressions, mas nunca foi publicada sob este título. Ao fazer a revisão dos escritos, Austen intitulou a obra e a publicou como Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito). A história se passa no campo, e mostra a maneira com que a personagem Elizabeth Bennet lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento.

De acordo Marques, a autora, apesar de conservadora, fez muito uso da ironia em seus textos. Começou a escrever o romance no final do século XVIII, período pós revolução Francesa. “Austen abre uma janela com essa personagem [Elizabeth Bennet], para um certo tipo de feminino que interessava para ela, e que se colocava em prática na sociedade inglesa, além de propor um modelo de mulher independente”, disse.

Orgulho e Preconceito, segundo Marques, fala da relação entre um homem e uma mulher, o que é a mulher inteligente, e como ela se coloca num relacionamento. “São questões que, por mais que se mostrem ser menos relevantes [atualmente], ainda estão presentes na vida das pessoas”, afirma.

Assista à entrevista: