Tese indaga os sentidos que essa população indígena atribui ao termo "especial"

23/11/15


O jornalista Rodrigo Simon entrevista Íris Morais Araújo, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), sobre a sua tese Osikirip: os “especiais” Karitiana e a noção de pessoa ameríndia, no programa Fala, Doutor da UNIVESP TV.

A tese indaga os sentidos que a população indígena Karitiana de Porto Velho, Rondônia, atribui ao termo “especial” (osikirip) para caracterizar alguns de seus parentes. Ao mesmo tempo que aproximam os “especiais” a espíritos, eles jamais questionam seus vínculos de parentesco – logo, sua condição humana.

O termo  “especial”, da forma como utilizado pelos Karitinana, não coincide  com o nosso modelo de deficiência, de acordo com Araújo. “Essas pessoas [as referidas como “especiais”] tinham um lugar naquela sociedade, participavam do cotidiano aldeão e tinham tarefas”, relata.


Assista ao programa: