Estudantes do polo de Jaguariúna elaboraram atividades para desconstruir o preconceito, racismo e discriminação

25/05/21


Os alunos de Pedagogia do polo de Jaguariúna, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), Elvis de Almeida, Geruza Harari, Josiane Gonçalves, Karina de Oliveira e Rosane Pereira, apresentaram no último ano, o Projeto Integrador “Amarelo, branco, marrom, pardo, preto, vermelho... Qual é o problema da minha cor?”. O trabalho, com tutoria de Renata Fakhoury, teve como objetivo estimular conversas sobre questões raciais em turmas do ensino infantil.  

De acordo com o relatório final do grupo, o projeto visa desconstruir toda e qualquer forma de preconceito, racismo e discriminação que as crianças possam demonstrar, não por serem preconceituosas, mas pela observação do que presenciam no cotidiano. “Situações vivenciadas por professores, mães e comunidade, como um todo, foram as motivações para a abordagem deste tema”, explicou a turma.

Para tratar do tema de forma leve e descontraída, os discentes escolheram a contação de história de uma adaptação do livro “O Menino Marrom”, do escritor brasileiro Ziraldo, em um espaço não formal, e atividades lúdicas. As ações incluem fotos e visão no espelho com diferentes máscaras confeccionadas pelos futuros pedagogos, jogo Cara a Cara”, disponível no mercado, que exibe diferentes rostos e aparências, e a dinâmica do espelho, que mostra a individualidade e diferenças físicas de cada criança, ressaltando a essência de cada um, não a aparência.

O grupo sugeriu, inicialmente, que as atividades fossem feitas no Museu Afro Brasil, no Parque do Ibirapuera, capital paulista. “O local possui uma fonte rica de informações e que muito se associou à proposta do grupo. Passaria às crianças a devida importância que os negros têm em sua participação com o desenvolvimento da sociedade na qual vivemos, para que todos possam ser vistos de maneira igualitária”, afirmam os educandos no relatório.

Porém, devido à pandemia, a iniciativa não pôde ser aplicada no lugar. A saída encontrada pelos estudantes foi, então, executar o projeto com os seus filhos e crianças próximas. Segundo o documento, as crianças reagiram com admiração, curiosidade e desejo de participar. “Esta á a proposta deste Projeto Integrador, interagir com as crianças em um espaço não formal, de maneira lúdica, por meio da contação de história, ressaltando como a cor da pele é essencial para a harmonia do meio e que cada qual, com a sua particularidade, é ímpar, fazendo toda a diferença de maneira positiva para a construção de uma vida e, até mesmo, de um mundo mais feliz e igualitário”, finalizaram os alunos.